ONU afirma que Mali deve definir seu próprio caminho para recuperação

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 Teatro pela paz e reconciliação em Goa, Mali. Foto: MINUSMA/Marco Dormino
Teatro pela paz e reconciliação em Goa, Mali. Foto: MINUSMA/Marco Dormino

Rio – Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas fizeram uma visita ao Mali e enfatizaram que qualquer solução sustentável para o país – seja na segurança, na política ou nas frentes de desenvolvimento – deve ser acordada e liderada pelos próprios malineses.

Após um golpe militar em 2012, combates entre as forças governamentais e rebeldes tuaregues e a apreensão de seu território setentrional por radicais islâmicos, o Governo está tentando restaurar a estabilidade e reconstruir o país.

O embaixador Gerard Araud, da França, afirmou na quarta-feira (26) que o Conselho ficou muito satisfeito quando as autoridades do Mali apresentaram os conceitos básicos de um roteiro para ajudar o próprio país a sair da crise. Ele também saudou a recente adoção, apoiada pela Missão Multidimensional Integrada da ONU para a Estabilização no Mali (MINUSMA), de um método para o acantonamento e o processo de desarmamento. Ainda, Araud encorajou todos os partidos “a seguirem este caminho de forma determinada e comprometida”.

Veja mais: “Não somos rebeldes, somos pacíficos”, diz maliano 

Ressaltando que não pode haver paz sem desenvolvimento, o embaixador francês disse que os jovens no Norte do Mali não podem se tornar presas de grupos terroristas ou traficantes de drogas. Araud lembrou que, durante a visita, o chefe da MINUSMA, Bert Koenders, destacou a importância de acordos mútuos entre os parceiros do Mali e doadores internacionais para ajudar a estimular o desenvolvimento mais amplo no país.

O representante adjunto permanente das Nações Unidas no Chade, Bante Mangaral, que acompanhou os membros do Conselho durante a visita, afirmou que a iniciativa “criou muita esperança entre as pessoas do Mali, porque elas acreditam que o diálogo é o único caminho para o restabelecimento da paz sustentável”, acrescentando que foi demonstrada vontade real de avançar no sentido do diálogo inclusivo.

Com informações da ONU