Recentes atos de violência no Sudão do Sul separam centenas de famílias

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Refugiados sul-sudaneses caminham em direção à fronteira com Uganda em Ngomoromo carregando seus pertences. Foto: ACNUR/Rocco Nuri.

Com informações da ONU

Atos de violência no Sudão do Sul forçaram crianças a abandonar seus estudos e mulheres grávidas a fugir para salvar suas vidas, deixando centenas de famílias separadas. Em uma semana, mais de 7 mil pessoas cruzaram a fronteira para Ngomoromo, em Uganda.

Desse total, 600 crianças separadas de seus pais fizeram a perigosa jornada. Desde o início da emergência, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) tem gerido uma força tarefa de proteção na fronteira com o objetivo de identificar e oferecer assistência às pessoas mais vulneráveis: sobreviventes de violência sexual, deficientes, idosos, mães solteiras, crianças separadas e menores desacompanhados como Sandra.

Trabalhando em parceria com representantes relacionados à causa do refúgio, a equipe do ACNUR em Ngomoromo conseguiu reunir algumas dessas crianças com seus pais e providenciou acolhimento familiar temporário para outras.

Desde o início do conflito no Sudão do Sul em 2013, diversas famílias foram forçadas a se separar. Violência, fome e ataques indiscriminados contra os civis continuam provocando êxodo em massa, totalizando o número de 1,9 milhões deslocados internos e 1,7 milhões de refugiados.

Atualmente, Uganda abriga mais de 834 mil refugiados sul-sudaneses, sendo que 194 mil chegaram apenas em 2017. Desses, 86% são mulheres e crianças, incluindo 21 mil menores sem pais ou guardiões legais.