Insegurança alimentar em zonas rurais da Guiné-Bissau cai 10%

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Guiné-Bissau - Foto de FAO
Guiné-Bissau – Foto de FAO

Com informações da ONU

A Guiné-Bissau começou 2018 com avanços na luta contra a fome. O sistema de monitoramento nutricional do país indicou que a insegurança alimentar entre a população rural passou de 30,6% ao final de 2016 para 20% em outubro de 2017. A queda teria sido motivada sobretudo pelo aumento no preço da castanha-de-caju, um dos principais produtos agrícolas do país. Autoridades alertam, porém, que novas flutuações do valor da commoditie podem reverter conquistas.

O Sistema nacional de Monitoramento da Segurança Alimentar e Nutricional aponta ainda que enchentes ocorridas em 53 comunidades no segundo semestre de 2017 poderão afetar os recursos da população para comprar comida. Estimativas indicam que 38 mil toneladas de arroz teriam sido perdidas com as chuvas. O montante equivale a 87% da produção de arroz das áreas atingidas e a 23% de toda a produção da Guiné-Bissau.

Os cálculos do sistema público de acompanhamento foram feitos a partir de entrevistas com 3,9 mil famílias em zonas rurais, em todas as oito regiões do país. Os dados de 2017 foram coletados em outubro, ao passo que os de 2016 foram recolhidos em setembro.

O levantamento indica ainda que apenas 4,7% das crianças de seis meses a dois anos de idade recebem uma dieta mínima adequada. Das crianças atendidas pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), 10% receberam alimentação adequada.

A Guiné-Bissau é um dos países prioritários do programa de cooperação Sul-Sul entre o Brasil e o PMA, que se uniram para promover políticas de segurança alimentar por meio do Centro de Excelência contra a Fome.