liberdadePor dentro da África

Nesta terça-feira, a deputada federal Luiza Erundina (PSB) fez um pronunciamento em solidariedade aos ativistas presos desde junho. Ao final, ela pediu que uma cópia da moção fosse entregue ao presidente angolano José Eduardo dos Santos.

Saiba mais aqui no Especial sobre o caso 

A Câmara dos Deputados do Brasil, por meio desta, presta solidariedade para com os jovens ativistas de Angola, na África, reconhecidos como 15+2, que estão detidos naquele país. No último dia 20 de junho, quando foram presos, estes cidadãos angolanos estavam estudando um capítulo do livro “Ferramentas para destruir um ditador e evitar uma nova ditadura”, do também detido, jornalista Domingos da Cruz.

Todos foram presos, pois este livro, assim como outros, é proibido em território angolano. Passados 90 dias, foram acusados pelo governo da República de Angola, pelo Ministério Público e pelo MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), de estarem articulando um golpe de Estado e um atentado contra o presidente José Eduardo dos Santos.

O julgamento para estes 15 presos + 2 (duas) ativistas postas em liberdade provisória, se iniciará em 16 de novembro. Entre todos os acusados, o caso de Luaty Beirão, engenheiro, rapper e ativista, é o que está causando maior comoção por diversas organizações e defensores dos direitos humanos de várias partes do mundo. Há 30 dias 7 destes jovens presos iniciaram uma greve de fome, sendo que Luaty continua nesta forma de protesto, com muita coragem e bravura.

Nos últimos 10 dias, outros dois ativistas angolanos, Mbanza Hamza e Albano Bingobingo, também iniciaram greve de fome e também estão bastante debilitados e sem atendimento médico. O estado clínico de Luaty é sério e ele está cada vez mais debilitado, sendo hoje, assistido por uma equipe de profissionais da saúde e recebendo algumas visitas de observadores internacionais e angolanos, que defendem os direitos humanos.

Os outros detidos seguem presos com direito a apenas uma visita diária, mesmo que se trate de advogados, defensores ou familiares. Atentamos para os fatos expostos e pedimos à Justiça e ao governo de Angola a imediata libertação dos 15 + 2. Eu desejo que uma cópia desta moção seja encaminhada ao presidente de Angola para que sejam evitados ataques contra aqueles que lutam pelos direitos humanos e pela liberdade de imprensa.”

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