Conflito levou mais de 800 mil crianças a abandonar casas na Nigéria e região

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Foto: UNICEF/Rich

Com informações da ONU

De acordo com o novo relatório publicado nesta segunda-feira  pelo Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), pelo menos, 800 mil crianças foram forçadas a abandonar seus lares como resultado do conflito no nordeste da Nigéria entre o Boko Haram, forças militares e grupos de autodefesa.

Publicado um ano depois do sequestro de 276 alunas em Chibok, na Nigéria, o documento chamado Missing Childhood — ou Infância Perdida — indica que o número de crianças que foge para preservar suas vidas na Nigéria ou cruza a fronteira para o Chade, Níger e Camarões mais que dobrou em menos de um ano.

De acordo com o documento, além de serem expostas à morte, mutilação e deslocamento, as crianças são usadas como combatentes, cozinheiros, carregadores e vigilantes. Jovens e meninas são submetidas ao casamento ou trabalho forçado e ao estupro.

A fim de aliviar as consequências dessa situação, o UNICEF oferece apoio psicossocial e aconselhamento a 60 mil crianças afetadas para ajudá-los a minimizar o sofrimento emocional. A agência também prove água potável e kits de saúde, além de estabelecer espaços temporários para a continuidade do ensino.

Além do lançamento do relatório, o UNICEF usa a rede social Snapchat para chamar a atenção para o sofrimento dessas crianças. Através da hashtag #bringbackourchildhood, a agência divulgará trabalhos artísticos que ilustram o dia a dia de milhares de crianças que perderam a sua infância na Nigéria, Chade, Níger e Camarões como consequência do conflito.

 

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