Serra Leoa está livre de transmissões do vírus ebola, diz Organização Mundial da Saúde

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Equipe de mobilização social se reúne com homens e mulheres locais na estrada de Lester, para conscientizar população a respeito de novos procedimentos de vigilância, cuidado clínico e enterro dos corpos. Imagem produzida em 2014. Foto: UNMEER / Martine Perret
Equipe de mobilização social se reúne com homens e mulheres locais na estrada de Lester, para conscientizar população a respeito de novos procedimentos de vigilância, cuidado clínico e enterro dos corpos. Imagem produzida em 2014. Foto: UNMEER / Martine Perret

 Com informações da ONU

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou no dia 7 de novembro o fim da linha de transmissão do vírus ebola em Serra Leoa, país mais afetado pela doença, onde a epidemia, que começou em 2014, deixou mais de 8 mil pessoas infectadas e provocou a morte de 3.589 indivíduos, entre eles, 221 profissionais de saúde. O país entra, agora, numa fase de vigilância aprimorada.

De acordo com a agência das Nações Unidas, já se passaram 42 dias desde que a última pessoa confirmada com a doença realizou um exame de sangue cujo resultado foi negativo. O intervalo de tempo equivale a dois ciclos de incubação do vírus Ebola.

Com a notícia, Serra Leoa deixa para trás a fase de controle do surto e dá início a um período de vigilância que vigora até 5 de fevereiro de 2016. Pelos próximos 90 dias, o país vai mobilizar esforços para garantir a detecção precoce de quaisquer casos novos da doença. A OMS continuará prestando assistência à nação para que o governo consiga restaurar serviços de saúde essenciais.

“Temos uma oportunidade única de apoiar Serra Leoa a construir um sistema de saúde público forte e resiliente, pronto para detectar e responder ao próximo surto de uma doença ou outra ameaça pública de saúde”, afirmou o representante da OMS no país, Anders Nordström,a respeito da etapa de vigilância aprimorada.

Em setembro e outubro do ano passado, foi registrado um aumento massivo no número de casos da doença, que foi combatida com a criação de instalações de tratamento, o estabelecimento de equipes seguras para enterrar os corpos e operações junto às comunidades e com o apoio de parceiros internacionais. A epidemia deixou cerca de 4 mil sobreviventes com problemas de saúde contínuos, que necessitam de suporte médico e social.