ONU faz alerta sobre intimidação de defensores dos direitos humanos no Egito

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Foto: Arquivo UN NewsRio – O escritório da ONU para os direitos humanos pediu nesta sexta-feira que as autoridades egípcias libertem imediatamente todos os indivíduos que foram detidos por praticarem atividades relacionadas aos direitos humanos. A agência observou que há uma “escalada preocupante” no assédio e na intimidação da sociedade civil no país.

O pedido aconteceu depois que pelo menos 50 homens em trajes civis terem invadido o escritório do Centro Egípcio de Direitos Econômicos e Sociais na quarta-feira no Cairo. Posteriormente, eles foram identificados como policiais e agentes de segurança.

De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), seis membros da organização não governamental foram presos e espancados. Três laptops, arquivos e documentos foram apreendidos.

Cinco dos indivíduos presos foram libertados após cerca de nove horas em custódia, durante as quais eles teriam sido maltratados. Um proeminente defensor dos direitos humanos, Mohamed Adel Fahmi, membro do Movimento 6 de abril, continua em detenção e seu paradeiro é desconhecido, afirmou a porta-voz do ACNUDH, Ravina Shamdasani.

A agência da ONU pediu que o governo egípcio liberte todos os presos defensores dos direitos humanos, pare com as intimidações aos adversários políticos e ativistas e faça uma investigação independente e imparcial sobre as prisões.

O Egito vem passando por uma transição democrática após a derrubada do presidente Hosni Mubarak há dois anos, após protestos em massa.

Em julho desse ano, as manifestações voltaram a acontecer e dezenas de pessoas foram mortas e feridas. Os militares egípcios depuseram o presidente Mohamed Morsy, a Constituição foi suspensa e um governo interino foi criado.

Com informações da ONU