ACNUR faz alerta sobre tensão em campo de refugiados no Quênia

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Refugiados no campo de Kakuma, no Quênia. Foto: ACNUR/R. Gangale

Com informações da ONU

Rio – O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) expressou na terça-feira (4) preocupação com a situação de segurança nos assentamentos de refugiados de Kakuma, no Quênia, que está superlotado e foi palco de confrontos mortais.

Pedindo às comunidades abrigadas no local que mantenham a calma, a agência da ONU divulgou que, apenas na última semana, “distúrbios esporádicos” já tiraram a vida de oito refugiados do Burundi, da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul.

Durante coletiva de imprensa em Genebra, o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards explicou que a violência começou na última terça-feira, 29 de outubro, quando denúncias da tentativa de estupro de uma criança refugiada provocaram brigas entre grupos rivais de jovens sul-sudaneses, causando a morte de uma pessoa.

A situação degenerou ainda mais no fim de semana, quando os jovens se rebelaram após uma outra criança ter sido atingida por um mototáxi. O motorista, um dos refugiados do Burundi, foi atacado pela multidão e sofreu cortes de facão na cabeça e nos braços.

Edwards observou que o medo da violência se espalhou por todo o acampamento, o que levou muitos refugiados a saírem de lá com suas famílias, buscando abrigo nos postos policiais da região. No entanto, acrescentou, a situação deteriorou-se ainda mais na manhã de segunda-feira (3), quando outros quatro refugiados foram mortos.

“Estamos trabalhando com as autoridades quenianas para restaurar a calma e apelamos para a coexistência calma e pacífica entre todas as comunidades no campo”, continuou o porta-voz do ACNUR.

Kakuma prove abrigo para 180 mil refugiados de mais de 20 países diferentes. O ACNUR adverte que o acampamento está superlotado e que precisa urgentemente expandir seu território.

Com informações da ONU