A relação sustentável entre floresta e agricultura pode melhorar a segurança alimentar

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Foto - Fazendeiros agro-florestais em Kigoma, na Tanzânia - Simon Maina - Fao
Foto – Fazendeiros agro-florestais em Kigoma, na Tanzânia – Simon Maina – Fao

A necessidade para promover a relação sustentável entre florestas, agricultura ​​e a segurança alimentar é, a cada dia, mais urgente. De acordo com o documento The State of the World’s Forests, a agricultura comercial em larga escala e a agricultura de subsistência local são responsáveis ​​por cerca de 40% e 33% do desmatamento das florestas, respectivamente, já os 27 % restantes ocorrem por conta da expansão da infra-estrutura infraestrutura e mineração.

O documento apresentado nesta segunda (18) na abertura da 23ª  Sessão do Comitê da FAO sobre Florestas (COFO), em Roma, Itália, destaca que as florestas desempenham um papel importante no desenvolvimento da agricultura sustentável.

“A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável assim como o Acordo de Paris reconhecem que não podemos mais olhar para a segurança alimentar e a gestão dos recursos naturais separadamente”, disse em comunicado o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.

O relatório afirma que as florestas desempenham funções ecológicas vitais que beneficiam a agricultura, aumentam a produção de alimentos e melhoram a segurança alimentar.

Em todo o mundo, cerca de 2,4 bilhões de pessoas dependem da lenha para cozinhar. Alimentos da floresta fornecem proteínas, minerais e vitaminas e servem como redes de segurança em períodos de escassez de alimentos.

O documento indica que, desde 1990, mais de 20 países conseguiram melhorar os níveis nacionais de segurança alimentar e, ao mesmo tempo, manter ou aumentar a cobertura florestal.

O relatório cita estudos de caso de sete países – Chile, Costa Rica, Gâmbia, Geórgia, Gana, Tunísia e Vietnã. Localizada na África Ocidental, a Gâmbia, o único país de baixa renda entre os citados, conseguiu alcançar o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, que era o de reduzir para metade a proporção de pessoas com fome.