Moçambique recebe verba para combater o desmatamento

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Gorongosa – Moçambique

Com informações da ONU

O Banco Mundial aprovou na semana passada (7) um total de 47 milhões de dólares para apoiar um projeto de investimento florestal do governo de Moçambique, parte de um esforço para conter o rápido ritmo de desflorestamento no país e criar oportunidades de subsistência para as comunidades rurais. A iniciativa usa as melhores práticas de manejo florestal e da terra em paisagens específicas em Moçambique.

Do montante total, 15 milhões de dólares são parte de um crédito da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA); 13,2 milhões de dólares de um empréstimo do Fundo Estratégico para o Clima; outros 8,8 milhões de dólares, uma doação do Fundo Estratégico para o Clima; e 10 milhões uma doação do Fundo Multi-doadores para Florestas Integradas e Gestão da Paisagem em Moçambique.

Moçambique é ricamente dotado de recursos naturais, incluindo 40 milhões de hectares de florestas naturais, das quais quase 27 milhões de hectares de florestas produtivas – uma contribuição de mais de 300 milhões de dólares para o PIB do país em anos recentes.

Apesar de seu enorme potencial, as florestas naturais do país estão sendo rapidamente destruídas a uma taxa anual de 0,35% ao ano, representando uma perda anual de quase 140 mil hectares.

“A ameaça que a atual taxa de desflorestação no país representa para os meios de subsistência rurais, os habitats da vida selvagem e da biodiversidade, bem como as emissões significativas de gases com efeito de estufa geradas pelo desflorestamento, fazem todos os objetivos deste projeto extremamente importantes”, disse Mark Lundell, diretor do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, República de Maurício, Seicheles e Comores.

O financiamento do projeto incidirá na gestão integrada da paisagem e na criação de condições propícias à gestão sustentável das florestas. Alguns dos principais resultados esperados incluem a redução das emissões líquidas de gases de efeito estufa resultantes do desmatamento; o aumento do número de hectares de recursos naturais protegidos e restaurados; a melhoria da governança florestal; o aumento do acesso ao financiamento para a agricultura e os participantes da produção florestal; e o aumento do número de agregados familiares rurais com acesso a certificados de terras.

Saiba mais sobre o projeto clicando aqui.