Capoeira traz diversão e paz para refugiados na República Democrática do Congo

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Refugiados centro-africanos praticam capoeira no campo de Mole, na província de Equateur, República Democrática do Congo. Foto: ACNUR/B.Sokol

Com informações da ONU

Rio – É um sábado quente e abafado no campo de refugiados de Mole, na República Democrática do Congo (RDC). Enquanto muitos descansam, um grupo de jovens entrega-se à sua nova obsessão: a capoeira.

A arte marcial brasileira, que mistura música, dança e acrobacia, está mantendo os refugiados ocupados e em forma. A capoeira também ajuda a aliviar a tensão entre diferentes grupos de refugiados centro-africanos neste campo, que abriga mais de 13 mil pessoas no extremo norte da RDC.

“Todo mundo pode praticar, mulheres, idosos, mães e pais, é como um jogo. Pode até ser uma forma de exercitar a paz”, diz Maxime Obingui, de 37 anos, vindo de Bangui. “Cristãos e muçulmanos estão fazendo capoeira. Nós treinamos juntos. Queremos estar juntos, como uma família”, acrescenta, aludindo ao conflito entre comunidades em todo o Rio Obangui, em seu país.

A capoeira foi introduzida no campo há dois meses por uma organização local, a ADSSE (Associação pelo Desenvolvimento Social e Proteção do Meio Ambiente), que queria ampliar o leque de atividades de lazer para os jovens em Mole. A luta tornou-se mania no campo.

A maioria dos refugiados em Mole, campo aberto em julho de 2013 para lidar com o êxodo da República Centro-Africana, é originária de Bangui, incluindo muitos estudantes do ensino médio e jovens já no ensino superior. O fato de eles estarem fora da escola causa muita tensão e frustração.

Leia esta história na íntegra no site da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR): http://goo.gl/C6FklS

Com informações da ONU