São Paulo recebe ‘Áfricas por africanos: sociedades e culturas em/de conexão’

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Senegal - Foto do Banco Mundial
Senegal – Foto do Banco Mundial

Em setembro, o Centro de Pesquisa do SESC São Paulo realizará uma conferência com africanos para debater sobre culturas e sociedades. Veja a programação:

 – 12/09 – Áfricas do mundo e suas vozes silenciadasÁfricas do mundo é o relato que o urbanista e músico Agostinho Martinho trará, fundamentado em suas observações e vivências fora do continente. Será enfatizada a relação que as instituições internacionais têm com o mesmo, seu ponto de vista a respeito do tratamento que lhe dão e seus objetivos tanto para seu território quanto para seu povo espalhados pela diáspora. Serão abordadas questões sobre a realidade paradoxal perante toda a contribuição dos povos africanos para o desenvolvimento do mundo. Com Agostinho Martinho

– 13/09 – Da Guiné à Sampa: protagonismo de mulheres africanas – A narrativa da história de vida de Nádia é o fio condutor desta conversa que dá a conhecer aspectos sociais e culturais de Guiné Bissau, assim como os processos de empoderamento e protagonismo feminino. Ao longo do tempo e de diferentes formas, africanos e africanas, assim como todo o continente, estão submetidos a processos de desqualificação social, cultural, intelectual. As mulheres africanas são, não raramente, vistas como submissas e oprimidas. Difundem-se estereótipos sobre África, tratando todo o continente em sua pluralidade de forma generalizada e homogênea. Esta palestra busca relativizar estas percepções sobre África a partir da própria história de Nádia e de outros exemplos contundentes do protagonismo feminino. – Com Nádia Ferreira

– 14/09 – África de Mama: sociedade e história entre estampas e tecidos Grand Mama – Trata-se de conhecer a biografia de Grand Mama e sua trajetória de protagonismo e empreendedorismo em moda e identidade afro-brasileira no diálogo com o vestuário atual africano alicerçado nos tecidos industriais. A cidade de São Paulo expressa um cenário multicultural marcado pela presença de pessoas oriundas do continente africano e suas expressões culturais, estéticas, artísticas, religiosas. Deste modo, se enriquece com o protagonismo de Mama nas feiras de moda e no bairro da Republica, onde vende acessórios, roupas e tecidos, além divulgar a cultura afro. Com Grand Mama

-19/09 – A educação islâmica na África do oeste: a juventude burkinabê (Burkina Faso) e os desafios da cidadania cultural. – A conferência aborda, por meio da dinâmica do islã na África do oeste, a cidadania cultural da juventude muçulmana do Burquina Faso. Através do debate sobre educação e diversidade, se trará uma análise do contexto sociopolítico do país. A partir do processo de afirmação/reafirmação da identidade islâmica que marcou a África do oeste de língua francesa, nos debruçaremos sobre a intelectualidade que caracterizou a juventude desde os anos 1980 com a revolução de Thomas Sankara, “o che africano”, que insuflou novas dinâmicas à cidadania cultural da juventude muçulmana do Burkina Faso no contexto da globalização. Com Pingréwaoga Béma Abdoul Hadi Savadogo

– 20/09 – Timbuktu e os Festivais culturais no Saara: reflexões sobre interações e conflitos na coabitação da diversidade – Timbuktu é cidade do Saara cuja história é central para o entendimento das culturas de extensas regiões africanas. Entre as muitas faces de sua história está a intensa dinâmica cultural, de produção e difusão artística. No final do século XX tornou-se cenário do renomado Festival no Deserto. O debate articula um conjunto de questões sociais e históricas a partir deste evento cultural, herdeiro direto das dinâmicas da música de guitarra dos jovens tamacheque dos anos 1980-90. O Festival no Deserto de Essakane (Timbuktu, Mali), criado em 2001, foi um marco e se tornou símbolo não apenas dos tamacheque ou das sociedades saarianas e do Mali, mas, do próprio movimento conhecido como Renascimento Africano. Nele se pode ouvir as estrelas da música tamacheque contemporânea, as de outras regiões da África e mesmo de outros continentes. Os festivais, os encontros intercomunitários e os lugares urbanos transculturais emergentes são carregados de performances organizadoras dos modos de vida, pautados na cosmologia, na estética e na ética da espacialidade e de temporalidades nômades. Com Mahfouz Ag Adnane

– As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

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