
Gustavo Tanus
Por dentro da África
Em seu rito nagô
raio da vida
ao raio de vida que o branco impôs
em seu canto banto
ao quebranto
que o branco enviou
da costela
à costa dos escravos
da costa
à costela
que o açoite calou
mina
cabinda
luanda
uidá
calabar
ibo
quiloa
zanzibar,
mina
cabinda
luanda
uidá
calabar
ibo
quiloa
zanzibar,
mina
cabinda
luanda
uidá
calabar
ibo
quiloa
zanzibar,
ressoa silêncio
vence tempo
rompe espaço
vento de lombo cheio
carga de som e
vai.
Orum,
Oxalá meu pai, aiê.
Malilu,
Lembaraganga meu pai, ixí.
Gustavo Tanus
Por dentro da África
Adorei a poesia!!!!!! Posso utilizá-lo no meu site? Obrigada!
Oi, Anna, estou contentíssimo de que tenha gostado. Agradeço o contato. Pode sim, desde que mencione a autoria. Um abraço.
Ótimo, muito lindo!!