Líderes africanos assumem compromisso de acabar com a fome no continente até 2025

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PAA Etiópia – Foto: FAO/Israel Klug

Com informações da ONU

Rio – Na Cúpula da União Africana, que aconteceu entre 20 e 27 de junho, o diretor-geral da Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, parabenizou os líderes africanos que participaram do evento em Malabo, capital da Guiné Equatorial, por sua determinação na luta contra a fome. De forma histórica, os líderes se comprometeram formalmente a alcançar uma série de ambiciosos objetivos, entre eles, acabar com a fome até 2025 e melhorar a nutrição.

O renovado esforço do continente para elevar a segurança alimentar na região inclui o fortalecimento do Programa Geral para o Desenvolvimento da Agricultura na África, um esforço de cooperação em nível regional com o objetivo de aumentar a produtividade agrícola na região. “Existe uma necessidade urgente de revalorizar nossos alimentos locais, tradicionais e nutritivos e voltar a falar em comer bem”, afirmou Graziano da Silva.

Segundo a FAO, a insegurança alimentar na África – e em outros lugares – frequentemente tem como causa a falta de acesso à alimentação. Por isso, um desafio importante para os países africanos, além de aumentar a produção, é investir mais amplamente em proteção social: o Fundo Fiduciário de Solidariedade para África anunciou o apoio de quatro novos projetos sub-regionais destinados a aumentar a segurança alimentar e nutricional em 24 países da África.

Ao mesmo tempo, a FAO destacou que a África tem grande potencial e já conta com sete das dez economias com mais rápido crescimento do mundo. As cidades estão crescendo e há aumento na demanda de alimentos, tanto nos mercados nacionais, como nos regionais. Com uma população predominantemente jovem e rural e com mais de 11 milhões de jovens estimados para entrarem no mercado de trabalho na próxima década, o setor agrícola da África pode ser um catalizador para o crescimento inclusivo, a prosperidade compartilhada e com os melhores meios de vida da região.

Com informações da ONU