Iniciativas da ONU combatem desigualdade de gênero no acesso a tecnologias digitais

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Foto – ACNUR

Com informações da ONU

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) e a ONU Mulheres lançaram na semana passada (20) uma campanha para aumentar o acesso de meninas e mulheres às novas tecnologias com vistas à igualdade de gênero.

“É hora de tornar o mundo mais igualitário”, disse o secretário-geral da UIT. “As novas tecnologias de informação e comunicação são um caminho essencial rumo à igualdade de gênero e ao empoderamento”, disse, durante o lançamento da campanha EQUALS para a igualdade de gênero na era digital.

A UIT estima que haja 250 milhões menos mulheres online que homens. Os dados sugerem que a desigualdade de gênero no uso da Internet subiu de 11% em 2013 para 12% em 2016, com uma diferença de 31% nos países menos desenvolvidos.

Juntas, as agências da ONU pretendem mobilizar parceiros da iniciativa privada, da sociedade civil e de governos, assim como o próprio Sistema ONU, para atuar no tema.
“A sociedade da informação é incompleta sem a inclusão, a contribuição e a liderança de meninas e mulheres”, disse a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.

“Elas precisam ter acesso às novas tecnologias, e precisamos impulsionar suas capacidades de utilizá-las. Isso é central para a realização dos direitos das mulheres em todos os níveis e pode ser um real impulsionador do progresso rumo à conquista da Agenda 2030”.

As novas tecnologias são reconhecidamente catalizadores importantes para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS número 5, que se refere à igualdade de gênero.

Aumentar as capacidades e oportunidades de lideranças para meninas e mulheres no mundo das tecnologias tem um enorme potencial para melhorar sua saúde e empoderá-las por meio do acesso a informação, educação e oportunidades comerciais, fortalecendo famílias, comunidades e economias nacionais — e em última análise beneficiar a sociedade global como um todo.

Dados da UIT mostram que a penetração da Internet é maior entre homens em todas as regiões do mundo. Além disso, há 1,7 bilhão de mulheres em países de baixa e média renda que ainda não têm um celular, e há menos mulheres trabalhando no setor tecnológico em todos os níveis, em todos os países. As desigualdades são especialmente pronunciadas nas posições de liderança, segundo a agência.