Reconstruir meios de subsistência em países pós-conflito deve ser prioridade para a paz e economia

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Darfur do Norte, no Sudão. Foto: PNUMA

Com informações da ONU

Após um conflito armado, reconstruir os meios de subsistência é essencial para construção da paz e desenvolvimento econômico, de acordo com novo estudo lançado na sexta-feira (3) pelo Instituto de Direito Ambiental (ELI), pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pelas Universidades de Tóquio, McGill e Tufts.

De acordo com “Meios de subsistência, recursos naturais e consolidação da paz pós-conflitos”, restabelecer meio de subsistência baseados em recursos naturais após conflitos pode reforçar a segurança alimentar, garantir emprego, ajudar na reintegração de ex-combatentes e outros grupos vulneráveis e oferecer oportunidades para cooperação entre grupos previamente em conflitos.

“Onde os meios de subsistência são prioridade, a construção da paz pode promover o uso sustentável de recursos naturais, aumentando a cooperação entre grupos opostos, oferecendo serviços básicos aos pobres e mais necessitados de recursos, criando oportunidade geradoras de renda para comunidades locais e melhorar tanto a segurança regional quanto a resistência em face da instabilidade e dos recorrentes choques”, enfatizou uma das coeditoras do estudo, Helen Young.

O livro examina iniciativas pós-conflitos que abrangem uma ampla gama de subsistência baseada em recursos naturais. Ele combina experiências de campo de profissionais, pesquisadores e advogados e outros atuantes no âmbito da construção da paz pós-conflito ao redor do mundo. A publicação combina 18 estudos de casos em 16 países afetados por conflito, na África, Ásia, Europa, Américas e Oriente Médio.

“Reconstruir meios de subsistência em países pós-conflitos é um componente fundamental para a construção da paz e a recuperação econômica. Em locais onde as comunidades afetadas por conflitos dependem dos recursos naturais para a segurança da subsistência, soluções para a construção da paz devem ser voltadas às necessidades de mantimento das populações pobres e vulneráveis para garantir a gestão sustentável desses recursos no contexto do futuro planejamento de desenvolvimento nacional e encorajar a distribuição igualitária da assistência”, disse o sub-secretário-geral da ONU e diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner.