Ruanda: Programa Mundial de Alimentos faz transferência de renda em campo de refugiados

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Refugiados compram alimentos no mercado Gicumbi. Foto: PMA
Refugiados compram alimentos no mercado Gicumbi. Foto: PMA

Rio – Desde que o Programa Mundial de Alimentos (PMA) inseriu, em janeiro deste ano, o sistema de transferência de dinheiro para alimentar os 14.500 refugiados no campo Gihembe, no norte de Ruanda, a agência da ONU já distribuiu cerca de 3.500 telefones celulares para todos os chefes de famílias no campo.

Os aparelhos podem ser usados para receber e transferir dinheiro através de uma solução bancária eletrônica chamada mVISA, fornecida pelo Banco de Kigali, como parte de um projeto-piloto cujo objetivo é substituir a distribuição geral de alimentos que o PMA tem realizado no campo nos últimos 18 anos.

“Entre os vários benefícios, as transferências de dinheiro devem dar mais flexibilidade aos refugiados ao diversificar os tipos de produtos alimentares a que eles têm acesso, melhorando, assim, seu estado nutricional”, afirma o representante da agência no país, Jean-Pierre de Margerie.

O valor das transferências é baseado nos preços no mercado local das rações alimentares que eram distribuídas pelo PMA e todos os refugiados recebem na moeda local, o franco ruandês. Os refugiados mais vulneráveis também recebem uma alimentação suplementar baseada em suas necessidades específicas, de acordo com seu estado nutricional.

O projeto-piloto foi implementado após um teste bem sucedido em dezembro de 2013, através de uma parceria com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), o governo de Ruanda, a ONG Visão Mundial e investidores como a MIDIMAR. Caso seja bem sucedido, o sistema de transferências deve continuar e ser expandido para outros campos de refugiados.

Com informações da ONU