FAO diz que agricultura é chave contra a fome na África

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Foto: FAO
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A agricultura deve ser o motor de crescimento da África para erradicar a fome e impulsionar a produção sustentável de alimentos, afirmou o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, nesta quarta-feira (29).

Graziano apontou que a maioria das dez economias de mais rápido crescimento no mundo estão na África. Por isso, o continente tem em suas mãos as ferramentas necessárias para intensificar os esforços para que a agricultura se torne um meio para acabar com a fome e aumentar a produção sustentável de alimentos.

– A agricultura é o único setor da economia capaz de absorver esta mão de obra. Não existe uma via inclusiva e sustentável para que a África prospere sem as mulheres, os jovens e a agricultura – ressaltou o diretor-geral, alertando que “mais de um quinto dos cidadãos africanos ainda não tem direito à alimentação”.

O lançamento do “Ano Africano da Agricultura e Segurança Alimentar”, que será realizado durante a Cúpula da União Africana nesta semana, representa uma oportunidade para os governos apoiarem o desenvolvimento agrícola em 2014.

Graziano afirmou que “o lançamento do Ano Africano da Agricultura e Segurança Alimentar é um passo importante na direção de uma África sem fome e sustentável pela qual Nelson Mandela e muitos outros sonharam e lutaram”.

Em seu discurso em um ato paralelo da Cúpula da União Africana em Adis Abeba, Graziano da Silva também parabenizou “o compromisso de mais alto nível” do “Fome Zero” global – lançado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 2012 – até 2025 para todo o continente e ressaltou a importância dos pequenos agricultores para atingir a produção sustentável de alimentos.

– Durante muitos anos e em muitas partes do mundo, os pequenos agricultores, as famílias dedicadas ao pastoreio e os pescadores eram considerados parte do problema da fome, mas isso está longe de ser verdade. Os agricultores familiares são os principais produtores de alimentos na maioria dos países e podem contribuir ainda mais com o apoio adequado – reiterou o diretor.

Com informações da ONU