Agricultores africanos receberão apoio para produzir subprodutos do algodão

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Fazenda de algodão - UN Webtv
Fazenda de algodão – UN Webtv

Com informações da ONU

A Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o Centro de Excelência contra a Fome, do Programa Mundial de Alimentos da ONU, firmaram uma nova parceria para dar apoio aos agricultores familiares que trabalham com o cultivo de algodão na África. Iniciativa tem por objetivo estimular o escoamento de subprodutos e também de outras culturas associadas ao plantio da fibra, como milho, sorgo e feijão. Projeto selecionará quatro países do continente.

A cooperação conta também com a parceria do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Entre as atividades previstas, está a capacitação de pequenos produtores de algodão para que eles consigam comercializar os produtos secundários em mercados públicos e privados. O programa também promoverá a conscientização de agentes estatais, dando orientações e apoio técnico a governos para que incluam agricultores familiares em seus sistemas de compras institucionais.

Atualmente, o Brasil já possui iniciativas de cooperação Sul-Sul no setor algodoeiro de dez países africanos. A nova estratégia do Centro de Excelência e parceiros vai complementar estratégias já existentes, fortalecendo a troca de experiências entre nações.

O Centro de Excelência contra a Fome lembra que, apesar de ser conhecido principalmente por seu uso na indústria têxtil, o algodão gera também óleo — que é altamente nutritivo devido à presença de ácidos graxos essenciais e pode ser consumido por pessoas — e a torta, substância extraída das sementes que pode ser utilizada como fertilizante, na indústria de corantes e também na produção de rações animais.

Na África Subsaariana, o algodão é cultivado quase exclusivamente por agricultores em pequenas propriedades, dependentes do trabalho dos membros da própria família. Enquanto a demanda pela fibra do algodão tem apresentado variações a nível global, há um interesse crescente pelos subprodutos do algodão. O projeto brasileiro vai explorar o potencial de venda e lucro desse segmento.