Refugiado da Guiné Conacri conduz Tocha Olímpica em Curitiba

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ACNUR
Abdoulaye Kaba tem 18 anos e joga no futebol carioca. Foto: ACNUR

Com informações da ONU

A tocha Olímpica será conduzida por um refugiado de Conacri, capital da Guiné, na próxima quinta-feira (14) em Curitiba. Abdoulaye Kaba, de 18 anos, chegou ao Brasil em dezembro de 2012 como menor desacompanhado – pais e irmãos gêmeos ficaram no país da África Ocidental. Atualmente, vive em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ).

Ele foi escolhido pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para ser um dos condutores da chama olímpica no Brasil a partir de uma sugestão da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Abdoulaye concederá entrevista coletiva às 15hs da quarta-feira (13), em Curitiba, na Casa Hoffmann (Rua Doutor Claudino dos Santos, 58 – São Francisco).

“É uma oportunidade que todo mundo queria ter. É uma felicidade, algo grandioso na minha carreira. Vai ficar escrito no meu coração, vai ser uma das melhores coisas da minha vida. É também muita responsabilidade e uma honra, pois vou representar todos os refugiados”, afirmou.

No Brasil, Abdoulaye dá continuidade ao seu sonho de ser jogador de futebol (ele jogava futebol em Conacri). Após se estabelecer no Rio de Janeiro, passou pela categoria de base do Botafogo e atualmente é meio-campista da equipe Sub-20 do São Gonçalo, clube que disputa a segunda divisão do Campeonato Carioca.  Sobre o  futuro, diz que quer continuar os estudos e cursar faculdade de Educação Física: “O esporte é a minha vida”.

Abdoulaye será o segundo refugiado a conduzir a Tocha Olímpica no Brasil. Em 3 de maio, a refugiada síria Hanan Daqqah, de 12 anos, participou do revezamento do símbolo dos Jogos em Brasília.

Em 14 de maio, em Belo Horizonte, o então representante do ACNUR no Brasil, Agni Castro-Pita, foi o primeiro funcionário da ONU no Brasil a carregar a Tocha Olímpica no país.

Antes, em Atenas, a chama foi conduzida pelo refugiado sírio Ibrahim Al-Hussein.

Outras iniciativas entre o ACNUR e o Comitê Rio 2016 estão dando visibilidade ao tema dos refugiados na agenda dos Jogos Olímpicos. Em parceria com a Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, 38 refugiados que vivem na capital fluminense foram selecionados para atuar como voluntários nas competições.

Além disso, a realidade dos refugiados é um dos temas do desafio “Trégua Olímpica” do Transforma – programa de educação do Comitê Organizador que leva os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para dentro das escolas, envolvendo mais de 6 milhões de alunos em cerca de 10 mil escolas dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.

Com o apoio do ACNUR, o Comitê Olímpico Internacional (COI) organizou a Equipe Olímpica de Atletas Refugiados – a primeira desse tipo em toda a história dos Jogos Olímpicos. A equipe é composta por 10 atletas refugiados que competirão sob a bandeira do COI. Saiba mais sobre o time de refugiados no site internacional do ACNUR emhttp://goo.gl/rnOglA.

Informações sobre a participação do refugiado Abdoulaye Kaba:

Assessoria de Comunicação do ACNUR Brasil  – 61.3044.5744 / brabrpi@unhcr.org

Michele Bravos – ACNUR / 41.9625.3333 / bravos@unhcr.org