Congolinária leva gastronomia congolesa até a sua casa

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Natalia da Luz, Por dentro da África

Mbuzi, ngombe e kuku são alguns dos pratos tradicionais congoleses que você pode provar na sua casa a partir do delivery do Congolinária, restaurante vegano dedicado à gastronomia congolesa. Neste período de isolamento, o empreendimento de Pitchou Luambo, que vive em São Paulo, tem oferecido um cardápio especial para quem fizer pedido e apoiar seu projeto gastronômico e cultural.

“A Covid-19, infelizmente, além de afetar a saúde do país, pode colocar em risco a situação financeira de pequenos empreendimentos. O Congolinaria é um restaurante familiar, dependendo exclusivamente do faturamento diário para arcar com todas as despesas fixas e salários de nossos colaboradores. Desde o início de nosso funcionamento contamos com o apoio de amigos e clientes. Agora precisamos da ajuda para superarmos essa fase e mantermos nosso pessoal até que tudo se normalize”, contou Pitchou ao Por dentro da África, lembrando que o delivery funciona de terça até sábado (das 10h45 às 22h) e aos domingos (das 10h45 até 17h), pelo Ifood ou WhatsApp +5511943762912.

Para aqueles que não estiverem em São Paulo neste momento, o restaurante que disponibiliza combos até R$30,00, também criou um voucher no valor de R$35,00 que permitirá o uso para o rodízio até o dia 1 de dezembro deste ano ou servirá de presente para alguém. Compre seu voucher aqui! 

NGOMBE – Nhoque de banana da terra com molho de tomates frescos e shimeji

Formado em direito pela Universidade de Kisangani e agora mestrando em Relações Internacionais, Pitchou, que vive no Brasil, usava a sua profissão para defender vítimas de violações de direitos humanos, principalmente mulheres abusadas sexualmente. Após perseguição, ele cruzou a fronteira da República Democrática do Congo para Uganda, onde ficou por um mês. Só depois veio para o Brasil, onde vive há 10 anos.

MBUZI – Polenta africana, couve na mwamba e banana da terra frita

“O meu país vive em guerra há mais de 20 anos. Estamos muito vulneráveis, principalmente as mulheres. No norte, o estupro é usado como arma de guerra. Estupram as mulheres e crianças para espalhar o medo e tirar as pessoas de lá. Qualquer pessoa que trabalhe defendendo essas vítimas acaba se tornando alvo, assim como eu”, detalhou.

Conheça o projeto nesta reportagem em Por dentro da África

No início do projeto, o advogado percebeu que havia grande aceitação da comida congolesa. Ele lembra que muitos visitantes não sabiam que os ingredientes dos pratos servidos em seu restaurante poderiam ser encontrados tão perto.

“Achavam que tínhamos que ir até a África para pegar os alimentos… Temos tudo aqui! Tudo o que usamos para fazer a nossa comida, encontramos no Brasil. Unimos isso à defesa dos animais. Se defendemos os direitos humanos, é coerente defender também o direito dos animais”.

 

KUKU – Acarajé na cama de quiabo refogado na mwamba (pasta de amendoim cozido) + arroz e chips de batata doce

Acompanhe a fanpage do Congolinária aqui