Bahia receberá Caminhada em defesa da Pedra de Xangô

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12417849_1098956960135503_4219117026739445357_nCom informações da Secretaria de Igualdade Racial

Centenas de adeptos do candomblé são esperados neste domingo (14/02), a partir das 7h30, em Cajazeiras X, na 7ª Caminhada da Pedra de Xangô. A manifestação pacífica de resistência aos atos de intolerância no monumento, considerado sagrado pelos religiosos de matriz africana, conta com o apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi).

Localizada na Avenida Assis Valente, a pedra também é símbolo da luta dos escravizados pela libertação, pois ali se reuniam os negros no período colonial para organização do quilombo conhecido como Buraco do Tatu. A construção da via valorizou comercialmente a região e, desde a inauguração em 2010, os rumores de destruição do rochedo crescem junto com a especulação imobiliária e deixando a pedra exposta a atentados de intolerância religiosa. Na madrugada do dia 10 de novembro de 2015, por exemplo, foram destruídas oferendas e encontrada uma grande quantidade de sal grosso, além de pichações.

“Uma agressão tanto a nossa religião, quanto ao respeito pela gente que não desrespeita ninguém e quando acontece um ato desses, claro nos sentimos ofendidos, machucados e discriminados”, disse Mãe Iara de Oxum, fundadora da caminhada. Xangô, um dos principais orixás no panteão africano, é o patrono da justiça. Kaô kabiesilê, sua saudação, em tradução aproximada para o português, significa “o rei quis assim”. Tem como parceira mais constante a orixá Iansã, embora se relacione também com Obá e Oxum. A rocha é sua força da natureza e o machado, seu símbolo.

Serviço

7ª Caminhada da Pedra de Xangô

Quando: 14/02 (domingo), às 7h30

Onde: Concentração no Campo da Pronaica – Cajazeiras X

Contato: Mãe Iara (71 3309-3499/98878-6023)

Ambientalistas e historiadores estão convidados a juntar-se aos adeptos do candomblé, todos vestidos de branco.