ONU elogia atuação do Brasil em relação aos seus refugiados

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Na última sexta-feira, o Alto comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados, o Acnur, parabenizou o Brasil por abrigar cerca de 2 mil refugiados angolanos e liberianos. O número representa 40% do total de refugiados que o Brasil concede residência permanente. Dentre os 4.600, há, principalmente, congoleses e colombianos, além dos liberianos (271) e angolanos (1.681), que chegaram ao país, em sua maioria, nos anos 90 devido às guerras civis prolongadas até os anos 2000.

Segundo o órgão, os refugiados de Angola e Libéria receberão uma notificação das autoridades migratórias do Brasil com prazo  de 90 dias para solicitar à Polícia Federal um visto de residência permanente. Para obter o documento, o refugiado deverá seguir algumas condições como: viver legalmente no Brasil como refugiado durante os últimos quatro anos, estar empregado em uma companhia pública ou privada registrada no Ministério do Trabalho, ser um trabalhador qualificado e com experiência ou ter um negócio independente estabelecido de acordo com a legislação interna.

Segundo o Acnur, os refugiados estão bem integrados à sociedade brasileira e muitos formaram famílias com cidadãos locais. De acordo com dados da ONU, o Brasil abriga atualmente refugiados de 77 nacionalidades, sendo que mais de 60% deles são de origem africana. Em 2010, havia mais de 43,7 milhão de pessoas fora de seus países. Cerca de 80% deles foram para países em desenvolvimento, sendo que os que mais receberam refugiados foram Paquistão (1,9 milhão), Irã (1,1 milhão) e Síria (1 milhão).

 

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