Jazz e candomblé: Alabê Ketujazz se apresentará no Rio de Janeiro

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alabe-2No próximo dia 19 (sábado), o Alabê Ketujazz, grupo que une percussão tradicional do candomblé da nação Ketu a uma roupagem jazzística, se apresentará no Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro.

A partir de diálogos da percussão com o saxofone e de referências ao ritual do candomblé, nasceu o grupo Alabê Ketujazz. Criado por um brasileiro e um francês, o “Alabê” reafirma a africanidade propagando uma música feita para sentir.

– O alabê é um cargo no candomblé (religião afro-brasileira), é quem cuida da música, quem canta, toca, cuida dos atabaques. Ketu é uma das nações do candomblé que veio de uma combinação de várias religiões do povo iorubá, e o jazz é uma forma de liberdade de pensar a música, de misturar a improvisação – explicou Antoine Olivier em entrevista ao Por dentro da África.

Alabé Ketujazz – Divulgação

Antoine (o francês) e Glaucus (o brasileiro) que hoje vivem no Rio de Janeiro, se conheceram há duas décadas na Europa, especificamente em Paris, onde o contato com a África era intenso, presente. Antonie trabalhava como produtor de vários artistas africanos, enquanto Glaucus passava uma temporada ao lado de Salif Keita, com quem trabalhou por cinco anos. Nascido no Mali, Salif é conhecido como a voz de ouro da África.

– Eu tinha esse olhar vindo da África, adaptado à Europa, ao candomblé… Então, nós começamos a fazer experimentos. Eu pegava o sax, e a nossa música ia nascendo com o jazz… Vale lembrar que as pessoas confundem um pouco o jazz… Ele não é apenas um tipo de música, ele é um princípio de abordagem que cria a sua própria verdade – contou Glaucus Linx em entrevista ao Por dentro da África.

Leia a reportagem especial do Por dentro da África sobre o grupo

Serviço:
Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca – Rio de Janeiro
Horário: 19h30
Preço: R$10,00

Acompanhe a agenda do grupo aqui